Você está aqui: FoRC » Notícias » FoRC recebe cinco estudantes de nível técnico em nutrição para Pré-IC

FoRC recebe cinco estudantes de nível técnico em nutrição para Pré-IC

Por Eduardo - Pesquisa

Última atualização em 14/10/2015

Para as bolsistas selecionadas, estar na universidade é uma oportunidade de conhecer novas carreiras e de colocar à prova as suas futuras escolhas profissionais

Cinco alunas da Escola Técnica Getúlio Vargas, de São Paulo, começaram, no final de agosto, a frequentar as dependências do Laboratório de Engenharia de Alimentos do Departamento de Engenharia Química da Poil/USP. Elas participam do Programa de Pré-iniciação Científica da USP, orientadas pela professora Carmen Cecília Tadini, coordenadora do laboratório e pesquisadora do FoRC (Centro de Pesquisa em Alimentos).
Amanda Rodrigues, Bruna Santos, Júlia de Araújo Moreira, Juliana Modesto e Mariana Luna vão para a USP duas vezes por semana, às segundas e quintas, no período da tarde, após as aulas na escola, onde cursam o segundo ano de Nutrição e Dietética em período semi-integral. Na USP, elas ficam durante quatro horas.

 

As estudantes do curso técnico em Nutrição da Escola Técnica Getulio Vargas

“Quando surgiu a proposta do FoRC, que é um CEPID – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão – uma das metas era divulgar o conhecimento gerado ali para a comunidade e a sociedade, incluindo as escolas. Claro, se você quer começar a formar um pensamento consciente sobre essa interação entre alimentos e saúde, tem de trabalhar com essa geração que está chegando”, resume Carmen. Ela então fez um projeto para o edital aberto em abril de 2015, e a proposta foi aceita.

 

 

O Programa de Pré-iniciação Científica é uma iniciativa da Pró Reitoria de Pesquisa da Universidade que possibilita despertar e incentivar o interesse de alunos da rede pública pela pesquisa, por meio do desenvolvimento de atividades e da convivência diária dentro da universidade. Os alunos se inscrevem com a orientação de um supervisor em suas escolas de origem e recebem bolsas para o curso, que tem duração de um ano.

“É um ambiente em que eles têm acesso a bibliotecas, a todos os cursos e profissões que a USP oferece, a alunos de graduação e pós que podem ajudá-las em suas tarefas. A proposta da Pré-IC é mostrar para os alunos das escolas públicas e técnicas que a USP não é algo intangível para eles. Que eles podem estar aqui”, diz Carmen, lembrando que “Aqui, no caso, a escola mandou cinco, mas só há bolsa para duas. As outras três estão fazendo o curso às próprias expensas”, lembra a professora.

Carmen montou um programa em que vai trabalhar com dois tipos de fermentação (química e biológica), e dois tipos de coagulação (química e enzimática). “No primeiro semestre estamos trabalhando a fermentação. Os cases serão: mistura para bolo, como exemplo de fermentação química, e massa de pão de forma, como exemplo de fermentação biológica”, explica ela. No momento, as meninas estão montando uma formulação de mistura para bolo.

“Elas conseguiram chegar a uma formulação que agora será testada no laboratório. Será a primeira vez delas no laboratório”, revela Carmen, que afirma estar aprendendo muito ao trabalhar com alunas do ensino médio. “Eu incluí atividades paralelas no curso, que estimulam a curiosidade delas. Uma vez por mês elas escolhem um local aqui dentro da USP que queiram visitar. Eu me comprometi a, se possível, agendar e ir com elas.”

Para as bolsistas, selecionadas por critérios como nota e presença, estar na universidade é uma oportunidade de conhecer novas carreiras e de colocar à prova as suas futuras escolhas profissionais. “Estou na dúvida entre medicina, biomedicina e biotecnologia. Esse tempo aqui na pré-IC pode definir a minha vida”, afirma Bruna Santos, de 16 anos. “Antes eu pensava em me dedicar à área de gastronomia, pensava em fazer faculdade. Aí tomei contato com a nutrição e gostei demais. Agora, estou tomando contato com a engenharia de alimentos, e também estou gostando muito. Creio que vou acabar decidindo entre nutrição e engenharia de alimentos”, aposta Júlia Araújo Moreira, também 16 anos.

Amanda e Juliana estão firmes na decisão de prestar medicina e este ano todas serão “treineras” nos vestibulares. “O conhecimento que a gente está adquirindo aqui vai nos ajudar muito, independentemente da profissão que escolhermos”, concordam as duas.

  

 

 

 

Trabalhando no laboratório sob a orientação da Profa. Carmen Tadini (esq.)

 

 

 

Compartilhar